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  • Foto do escritor: Sérgio Faria
    Sérgio Faria
  • 31 de mai. de 2020
  • 1 min de leitura

Não sei o que me aconteceu, mas de há três semanas para cá só tenho dormido imenso, sinto o meu corpo exausto e só tenho tido muito sono. Durmo imenso, nem consigo ter os meus olhos abertos.

Hoje sinto-me um bocado mais revitalizado, mas continuo a sentir o cansaço em excesso. Durante estas três semanas só trabalhei e dormi. Sinto-me drenado de toda a energia que possuía, sinto que perdi a minha identidade durante estas semanas.

Perdi todo o foco que tinha em mim e acabei por me “perder”, não consegui fazer nada em casa, porque estava completamente exausto. O meu corpo só me pedia para estar deitado e dormir, nada mais existia a não ser a cama e estar de olhos fechados, nem mesmo com café conseguia ter os olhos abertos.

O despertador tocava, eu desligava-o e adormecia logo de seguida. Não me reconheci nestas semanas que passaram e mesmo assim ainda hoje estou com dificuldades. Parece que deixei tanto para trás.

Estou com dificuldades em afirmar quem sou… Penso que optei por me esconder dentro de um casulo novamente para não ter que enfrentar as pessoas à minha volta. Ou para não afirmar quem sou.

Não entendo o medo de ser quem sou e de perder o que não é meu…

  • Foto do escritor: Sérgio Faria
    Sérgio Faria
  • 13 de mai. de 2020
  • 1 min de leitura

Não sei porque minto, não sei porque é que não consigo ser sincero. Não sei ser sincero comigo e por isso acabo por mentir a quem está a minha volta, porque não posso dizer o que sinto, o que quero.

Por mais que diga a mim mesmo que te quero, não sei como chegar a ti, não te sei procurar, como talvez tu também não saibas. Tenho que esconder a toda a gente que te quero, invento mil e uma desculpas para não tocar no teu nome, para esconder o meu pensamento.

Procuro outros casos para não seres tu a sorrir na minha mente. Mas sinto falta do teu sorriso, do teu olhar em mim, de te tocar, de te abraçar. Sinto a falta desse olhar doce, mas que não posso dizer a ninguém. Está tudo escondido entre nós.

Gostava de clarear o meu coração e deixar de mentir, mas é em ti que eu penso antes de me ir deitar. Mas novamente encubro esses pensamentos com outros, crio ilusões para te esquecer, mas a verdade é que quando falam comigo, mais ninguém existe, apenas fico a pensar em ti. E isso dói, porque a mentira não te esconde, as lágrimas saem na mesma.

Só te quero abraçar e ver o teu sorriso. Quero conseguir voltar a estar a sós contigo. Só os dois, mais ninguém. Desejo sentir o teu corpo colado ao meu novamente.



  • Foto do escritor: Sérgio Faria
    Sérgio Faria
  • 3 de mai. de 2020
  • 1 min de leitura

- Isso é excelente. Mas falemos de outra coisa, não te quero aborrecer com o trabalho. Porque é que andas tão distraído? Pelo que me apercebi tu não és assim.

- Pois não, não sou mesmo nada, ando sempre bem atento e a observar tudo, se calhar és o meu ângulo morto. – Desta vez a gargalhada foi mútua. – Talvez preocupação, não sei, amanhã pode ser que passe e volte ao meu ser “normal”.

- E que já não tenhas encontros com o teu ângulo morto. – Sorriu.

Tinha um sorriso maravilhoso e ficava com umas covinhas muito interessantes, aquele rosto era demasiado bonito, completamente angelical.

- Pois essa parte é que já não sei. Acabámos de brindar aos acasos e existem muitos neste mundo, até podes ser um perseguidor e eu não saber. – Aproximei-me dele num gesto de o provocar.

- E pelos vistos tu gostas de fazer o papel de presa. – Também se aproximou de mim e olhou-me nos olhos, senti uma certa tensão, mas boa, não era incomodativa.

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