A nossa lua!
- Sérgio Faria
- 3 de mai. de 2020
- 1 min de leitura

- Isso é excelente. Mas falemos de outra coisa, não te quero aborrecer com o trabalho. Porque é que andas tão distraído? Pelo que me apercebi tu não és assim.
- Pois não, não sou mesmo nada, ando sempre bem atento e a observar tudo, se calhar és o meu ângulo morto. – Desta vez a gargalhada foi mútua. – Talvez preocupação, não sei, amanhã pode ser que passe e volte ao meu ser “normal”.
- E que já não tenhas encontros com o teu ângulo morto. – Sorriu.
Tinha um sorriso maravilhoso e ficava com umas covinhas muito interessantes, aquele rosto era demasiado bonito, completamente angelical.
- Pois essa parte é que já não sei. Acabámos de brindar aos acasos e existem muitos neste mundo, até podes ser um perseguidor e eu não saber. – Aproximei-me dele num gesto de o provocar.
- E pelos vistos tu gostas de fazer o papel de presa. – Também se aproximou de mim e olhou-me nos olhos, senti uma certa tensão, mas boa, não era incomodativa.
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