- Sérgio Faria
- 16 de jan. de 2024
- 2 min de leitura
Escrever foi algo que se tornou tão difÃcil ao longo destes anos que passaram. Tinha imensa facilidade em transpor tudo para o papel e com o tempo fui bloqueando esse dom. E o motivo disso ter acontecido? Podia dizer que não sei, mas a verdade é que no nosso Ãntimo sabemos tudo sobre nós. Resta saber se queremos olhar.
Será que eu quis olhar? Sabia o que se passava dentro de mim, sabia o motivo de me bloquear, sabia o que tinha a fazer, mas desculpava-me com o não ter tempo.
É mais fácil dizer que não tenho tempo para ler, para escrever, para viver. Pois de certa forma bloqueio o meu viver. Porque escrever é viver, é sonhar, é meditar, é curar, é desafiar o destino, é o desenrolar de uma nova história.
Escrever não se refere só às palavras ou à criação de uma frase, escrever é poder. Quem escreve e lê tem sempre mais poder e sabedoria do que quem não o faz. Não falo poder de força, mas sim o poder mental, o espiritual. Porque desenvolvemos o nosso intelecto, o quem somos e de certa forma encontramos as respostas que tanto queremos.
Escrever tornou-se algo tão natural em mim e eu desliguei-me disso, mas sempre tive vontade de voltar. Hoje ganhei coragem para me sentar e redigir este texto. Precisava de fazê-lo. Era um passo que já devia ter dado há mais tempo, mas que não tinha conseguido.
Após este desabafo espero que venham mais textos e que comece a dar uso às teclas do teclado, pois estas não servem só para ganhar o pó da inutilização.
Preciso de voltar a despir a minha alma e a sarar as feridas que nela estão contidas. Olhar para o lado é fácil, mas focar o ponto que queremos é mais trabalhoso. Pois não queremos sentir a dor que isso causa em nós. Mas hoje termino o dia a querer avançar. Amanhã direi o que irei fazer quanto ao resto.