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Quadro surrealista

  • Foto do escritor: Sérgio Faria
    Sérgio Faria
  • 22 de nov. de 2018
  • 1 min de leitura

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Sentei-me novamente no meu banco, observando tudo à minha volta, mas não via nada. Estava tudo sem cores e sem som. As formas deformadas, já nada estava definido na minha vista, nada fazia sentido.

Naquele momento só havia uma coisa, mas não a única, que me chamava a atenção, as chapadas que eu levava do brilho da lua cheia. Sentia-me preso àquele brilho, sem saber explicar, talvez pela solidão, ou por ser um guia…

Tanta estrela a acompanhar a lua, mas um caminho solitário, presa a uma rota indefinida, definida, e sem forma de a quebrar, pois a gravidade é mais forte. Pois também é essa gravidade que me impede de te tocar, pois se ela não existisse eu não te acompanhava e nem sabia que tu eras real apenas sentia-te nas minhas páginas solitárias, isentas de palavras, mas escritas de emoções.

E novamente estavas lá, prendendo a minha visão aos teus olhos, absorvido pela tua luz não vi o caminhar suave do amor que me tapou os olhos com as suas mãos suaves e me beijou o rosto.

Naquele momento eu saí do meu transe com a calçada a cantar, as árvores a voar e o cheiro do seu perfume a acariciar-me. Desprendi-me de ti porque o meu amor chegou e aninhou-se ao meu lado definindo cada traço do quadro surreal que eu pintei.

Naquela hora estava abençoado pois estava banhado pelo meu ser completo. O amor maior e a minha cara-metade, a Lua, aquela que me vê e sente sem filtros.




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