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Pedaços de mim

  • Foto do escritor: Sérgio Faria
    Sérgio Faria
  • 3 de jan. de 2021
  • 1 min de leitura

Queria imenso escrever o silêncio que me vai na alma, mas não estou a ser capaz. Entre tantos rabiscos só saem pedaços de mim. Não consigo conjugar as palavras e nem acasalar as frases para criar parágrafos.

São silêncios que ecoam no meu cérebro, mas que não sei gritá-los. São pedaços de mim que vou tatuando em textos e desenhos que crio. Estou de luto com a criatividade que me abraça e que arranca de mim o meu melhor e que faz brilhar um ser único.

Solto a minha voz como nunca tinha soltado antes. Solto os pedaços de mim que me completam e que me despem ao mundo. Expresso as minhas emoções sem contrabando e no final sinto o alívio por transformá-las em arte. Uma arte sem medida, sem regras. Um estilo livre que é meu, que é quem eu sou.

Sou uma ovelha negra que dita algo diferente, um lugar estranho, um abrigo sem julgamento e no final crio um poema com pedaços que colhi por onde caminhei.

Peguei nas minhas desventuras e criei um livro de recortes, naveguei pelos sítios que não caminhei, porque não tive a coragem de arrastar os meus pés pelos mares gelados que prendiam a minha alma.

Não consegui escrever o silêncio do meu coração, porque ainda estou a apanhar os pedaços de mim que estão espalhados num mundo que é meu.

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