Amar-me
- Sérgio Faria
- 25 de jan. de 2018
- 1 min de leitura
Os dias foram passando
Uns lentos, outros rápidos
Sinto saudades no meu peito
Tento apagar o meu cérebro
E procurar-me no meu corpo
Organizar-me dentro de mim
Aceitar a minha ansiedade
Assumir o controlo
Aumentar a minha auto-estima
No fundo amar-me
Tento quebrar as algemas
Que me prendem às desilusões
Quero criar laços com as conquistas
Ter o mundo a meus pés
Quero amar-me
Perdi-me nas teias dos meus pensamentos
Perdi-vos por um erro meu
Pedi perdão e sozinho fiquei
A mágoa ficou no meu coração
Massacrei-me por ter errado, chorei.
Mais uma vez perdi o controlo
Esqueci-me de me amar
É tão mais fácil esquecer-me
Do que ver-me, olho ao espelho
O meu reflexo mostra tristeza
Olho-me nos olhos
Procuro a minha alma destruída
Sinto falta do teu abraço
Aquele forte e apertado
Com que saraste as minhas feridas
Lembro-me desse dia
E consegui amar-me
Hoje meio perdido me sinto
A ansiedade está ao rubro
Hoje comecei a tentar quebrá-la
Pois eu não sou a ansiedade
Eu sou muito mais que a minha ansiedade
Espreito novamente o espelho
Foco-me no meu coração
E digo: “Ama-te sem fim”
“Não te culpes, simplesmente vive”
Hoje e sempre não tentes amar-te
Ama-te sempre, mesmo quando erras
Quando perdes, pois tudo faz parte de ti
E não é por isso que vais deixar de ser
Quem és. Tu consegues amar-te.
Templo de Palavras número 3

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