A fuga de mim próprio
- Sérgio Faria
- 29 de nov. de 2017
- 1 min de leitura

Foram dias, meses, anos em fuga de mim próprio. Sem consciência abandonei o meu mundo por não ser aquele que eu queria e desejava, corri para os teus braços à procura de colo e acabei por esquecer dos meus.
“Fechaste-me” a porta e eu caí, sem saber como regressava ao meu mundo, àquele que eu tanto “odeio” e não quero, cheguei ao meu limite, queria andar e as minhas pernas não me sustentavam, até que padeci no meu lugar, no meu canto, e vi os estragos todos que causei em mim, foi preciso ficar doente para ver o quanto eu me desmoronei.
“E agora?”
Foi a questão que coloquei a mim próprio e percebi que mais uma vez tinha que reconstruir o meu lugar e foi isso que eu me propus a fazer, um passo de cada vez, “destruir” o que eu não quero para dar lugar ao que eu quero. Hoje uma transformação pequena, amanhã uma grande.
Também me questionei acerca do que iria acontecer a nós os dois, sei que te magoei muito porque eu também estava magoado. Tu transformaste a minha vida num caos e só assim é que fui capaz de a transformar, vou ficar eternamente grato a ti, por me teres feito abrir os olhos e querer mudança para a minha vida.
Como é que vai ser daqui para a frente?
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